Título: Não estou afim de sol, quero uma sombra para tapar meus ouvidos.
Espaço visitado: Ruínas da UnB
Visita: 30 de outubro
Produção: 21 de dezembro 2018
Mentiras navegam o peito da pátria
Longe do caos
Cais
Num mar de dúvida e divisão
Entre tornado e Ilusão
Viram somente o olho do furacão
As margens plácidas de um povo, não
O poder sopra ventos de Temer
As velas do barco foram apagadas
Política transtornada
No mar do esquecimento tem que ascender
No mar do ressentimento tem que esquecer
Mentiras navegam na corrente da informação
Religião do saber religa em (trans)formação
A ética é a bússola da direção
Religião sem caráter é falta de perdão
O ego é sem noção
Às vezes quer guiar o coração
Deixar para trás os caixotes
É encontrar outro norte
A coletividade dispensa idade e moralidade
É preciso navegar num mar de alteridades
O profeta disfarçado de Messias
Pelo Whatsapp, proliferou heresias
“Acreditei porque era profecia”
Bolsominions infelizmente
O navio entrou na mente
Vai afundar!
Desça do céu meu irmão
Para fazer política não precisa de comparação
Política se faz com afeto e educação
O púlpito não é lugar de corrupção
Assim fica difícil o perdão
Para fazer política é preciso relação
A guerra espiritual tá na tua cara
Sendo feita pelas tuas mãos
Desde a assinatura do papel
À máscara do cidadão
Cuidado!
Pode custar caro
Sangrar uma nação
Liberação de armas
Vai abençoar o irmão?
Cadê Marielle?
Tempo quer duração
Mar quer nuvem
Silêncio quer razão
Leveza no amor
Urgência na dor
Beleza na cor
Navegante da vida cria horizontes
Para navegar no mesmo barco
Vida coletiva quer cais
É bom perceber que existe Baco
Vibrando as cordas vocais
As peças do barco
Encontram-se em pontes
Olho de lupa
Via de mão dupla
Corpo barco requer atenção
Corpo vida requer criação
Micro política de constelação
Se faz com o coração